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Ante la amenaza de su aniquilación total, los Guarani-Kaiowá invitan a la comunidad internacional a que no permita que este genocidio se concrete

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Autora: Christina Pantzis

Texto original en griego.

Traducción al portugués de António Pedro Dores

Traducción del portugués al español de Jordi Ferré


Los Guarani-Kaiowa viven en el estado de Mato Grosso do Sul, en la frontera de Brasil con Paraguay. En verdad, la mayoría de los Guarani Kaiowa, que por más de dos mil años establecieron una relación de vida con los 350 mil quilómetros cuadrados de selvas y valles de la región, ha sido expulsada de sus tierras ancestrales.
El proyecto iniciado por colonialistas, hace 500 años, en los últimos tiempos ha incorporado grandes unidades agro industriales y sus aliados políticos y del sector exportador, empeñados en vender o conceder tierras indígenas como si nadie viviese en ellas.

Ante la amenaza de su aniquilación total, los Guarani-Kaiowa están invitando a la comunidad internacional a que no permita que este genocidio se concrete. Porque la expulsión de sus tierras significa la muerte lenta de sí mismos y de su cultura.
Los sucesivos gobiernos brasileños no han honrado sus obligaciones contraídas en la Constitución de 1988 y no han delimitado el territorio Guarani-Kaiowa, exponiendo a sus miembros a todo o tipo de violencia que varios sectores de la sociedad usa para expulsarlos.
"La falta de demarcación es una razón y una motivación de nuestro genocidio. La inepcia de las garantías del Estado significa más muertes y dificultades de sobrevivencia para nuestro pueblo", declaró el Gran Consejo de la Asamblea de los Guarani-Kaiowa.

Los sucesivos gobiernos brasileños no han honrado sus obligaciones de delimitación de los territorios Guarani-Kaiowa previstas en su Constitución de 1988, exponiendo los nativos Guarani-Kaiowa a todo o tipo de violencia con el objetivo de expulsarlos de lo que les resta de sus tierras ancestrales.

 

Asesinatos ...

Actualmente, esta etnia no ocupa ni el 0,2% de Mato Grosso do Sul. 65% de sus miembros viven en "abrigos", amontonados en pequeñas áreas alrededor de sus territorios, mientras enormes haciendas particulares y plantaciones de caña y de soja transgénica se expanden, vertiendo ríos de intoxicación y destruyendo las selvas milenarias.
Muchos Guarani-Kaiowa se niegan a ir a los abrigos, instalándose en acampamentos construidos al margen de carreteras que atraviesan las tierras donde vivían, con la esperanza de volver a ellas.

Y, en su intento de regresar, les espera una increíble violencia: amenazas, palizas, ataques con productos químicos, tortura, violaciones, asesinatos.
Según el Consejo Indigenista Misionario (CIMI), en 2015 mataron a 137 nativos en el país: 36 en Mato Grosso do Sul, en su mayoría Guarani-Kaiowa.
En enero, el gobierno Temer emitió un decreto ley que altera la forma de demarcación de tierras indígenas y permite que el Departamento de Justicia congele el proceso de delimitación, para rever la validez de las tierras ya demarcadas.
Al mismo tiempo, el Congreso promovió una propuesta de enmienda constitucional en que la demarcación de las tierras indígenas pasa a ser responsabilidad del Parlamento, donde hay una poderosa representación de propietarios que conspiran contra las tierras de los pueblos originarios. De los 594 miembros del Congreso, 207 representan directamente la gran industria agrícola.
Si se aprueba la superficie propuesta para sus territorios en Brasil, las comunidades indígenas verán sus territorios reducidos del 13% de la superficie del país al 2,6%.
Para los Guarani-Kaiowa, la expulsión de sus tierras tradicionales significa desespero, afirma la organización internacional Survival International. "El desplazamiento significa la destrucción de su mundo. Ellos eran habitantes de la selva, viviendo en ella y de ella. Su sobrevivencia física y espiritual, su visión de mundo, dependen de su relación con sus tierras."


... Y suicidios


Este desespero, la marginalización y la violencia se expresan de la manera más trágica en el enorme aumento del número de suicidios.
Según la comunidad, más de 1.000 hombres, mujeres y niños han cometido suicidio en los últimos 20 años. Sólo entre 2000 y 2008 se registraron 410 suicidios, entre ellos muchos adolescentes.
"Nosotros, los pubelos indígenas, somos como plantas. ¿Cómo podemos vivir sin nuestra tierra?" Preguntan al mundo, cuando empiezan una campaña de información con la esperanza de que la comunidad internacional no presencie impasible la aniquilación de otro pueblo.

 

Os sucessivos governos brasileiros não honraram as obrigações previstas na Constituição de 1988 e de delimitação do territórios Guarani-Kaiowa, expondo os nativos Guarani-Kaiowa a todo o tipo de violência com vista a expulsá-los do que resta das suas terras ancestrais.

Autora:
Christina Pantzis

Tradução (Google e António Pedro Dores)


Os Guarani-Kaiowa vivem no Mato Grosso do Sul, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Eles já viviam aí. Na verdade, a maioria dos Guarani-Kaiowa, que por 2000 anos estabeleceu uma relação de vida com os 350 mil quilómetros quadrados de florestas e vales da região, foi expulsa das suas terras ancestrais.
O projeto iniciado por colonialistas, 500 anos atrás, incluiu agora grandes unidades agro industriais e seus aliados políticos e o setor exportador, empenhados em vender ou conceder terras indígenas como se ninguém vivesse nelas.
Diante da ameaça de sua aniquilação total, os Guarani-Kaiowa estão convidam a comunidade internacional a não permitir que este genocídio se concretize. Porque a expulsão de suas terras significa a morte lenta de si mesmos e sua cultura.
Os sucessivos governos brasileiros não honraram as obrigações decorrentes da Constituição de 1988 e não delimitaram o território Guarani-Kaiowa, expondo os seus membros a todo o tipo de violência que vários setores da sociedade usam para expulsá-los.
"A falta de demarcação é uma razão e uma motivação do nosso genocídio. A inépcia das garantias do Estado significa mais mortes e dificuldades de sobrevivência para o nosso povo", disse o Grande Conselho da Assembleia da Guarani-Kaiowa.

Assassinatos ...

Hoje, a etnia não ocupa mais de 0,2% do Mato Grosso do Sul. 65% de seus membros vivem em "abrigos", amontoados em pequenas áreas ao redor dos seus territórios. Enquanto as enormes fazendas particulares e plantações de cana e mutante de soja se expandem, trazendo rios de intoxicação do solo e a destruição de florestas antigas.
Muitos Guarani-Kaiowa se recusam a ir para abrigos e acampamento construídos em rodovias que atravessam as terras onde viviam, na esperança de voltar.
E, ao tentarem retornar, espera-os incrível violência: ameaças, espancamentos, ataques com produtos químicos, tortura, estupro, assassinato.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em 2015 mataram 137 nativos do país: 36 no Mato Grosso do Sul e a maioria eram Guarani-Kaiowa.
Em janeiro, o governo Temer emitiu uma portaria que altera a forma de demarcação de terras indígenas e permite que o Departamento de Justiça congele o processo de delimitação, para rever o estatuto das terras já demarcadas.
Ao mesmo tempo, promoveu a proposta de reforma constitucional ao Congresso em que a demarcação das terras indígenas passa a ser responsabilidade do Parlamento, onde há uma representação poderosa de proprietários que conspiram contra as terras do nativo: dos 594 membros do Congresso, o 207 representam diretamente a grande indústria agrícola.
Se for aprovada a extensão dos territórios brasileiros, as comunidades indígenas terão os seus territórios reduzidos de 13% para 2,6%.
Para o Guarani-Kaiowa, a expulsão de suas terras antigas significa desespero, diz a organização internacional Survival International. "O deslocamento significa a destruição do seu mundo. Eles eram habitantes da selva, vivendo nela e dela. A sua sobrevivência física e espiritual, a sua visão de mundo, dependem da sua relação com as suas terras. "


... E suicídios


Este desespero, a marginalização e a violência expressam-se da maneira mais trágica no enorme aumento no número de suicídios.
De acordo com a comunidade, mais de 1.000 homens, mulheres e crianças cometeram suicídio nos últimos 20 anos. Só em 2000-2008 registaram-se 410 suicídios, incluindo muitos adolescentes.
"Nós os povos indígenas somos como plantas. Como viver sem o nosso solo, sem a nossa terra? " Perguntam ao mundo, quando começam uma campanha de informação na esperança da comunidade internacional não testemunhar impassível a aniquilação de mais um povo.

 

https://www.efsyn.gr/arthro/oi-goyarani-poy-antistekontai

Οι Γουαρανί που αντιστέκονται

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Χριστίνα Πάντζου

Ζουν στο Μάτο Γκρόσο ντο Σουλ, στα σύνορα της Βραζιλίας με την Παραγουάη. Ζούσαν, είναι πιο ακριβές. Γιατί η πλειονότητα των Γουαρανί-Καϊοβά, που εδώ και 2.000 χρόνια είχαν εστία τους 350.000 χιλιόμετρα δασών και κοιλάδων της περιοχής, έχουν εκδιωχθεί από τα πατρογονικά τους εδάφη.

Το έργο που ξεκίνησαν οι αποικιοκράτες πριν από 500 χρόνια ολοκληρώνουν τώρα οι μεγάλες αγροτοβιομηχανικές μονάδες και οι πολιτικοί τους σύμμαχοι που ξεπουλάνε ή παραχωρούν τα ιθαγενικά εδάφη σαν να μη ζει κανένας σ’ αυτά.

Μπροστά στην απειλή του πλήρους αφανισμού τους, οι Γουαρανί-Καϊοβά κάνουν έκκληση στη διεθνή κοινότητα να μην επιτρέψει αυτή τη γενοκτονία γιατί, όπως λένε, η εκδίωξη από τα εδάφη τους σημαίνει τον αργό θάνατο των ίδιων και της κουλτούρας τους.

Οι διαδοχικές κυβερνήσεις της Βραζιλίας αθέτησαν τις υποχρεώσεις που απορρέουν από το Σύνταγμα του 1988 και δεν οριοθέτησαν τα εδάφη τους, εκθέτοντάς τους έτσι σε κάθε είδους βία ώστε να εκδιωχθούν από αυτά.

«Η έλλειψη οριοθέτησης αποτελεί λόγο και κίνητρο της γενοκτονίας μας και η αδράνεια του κράτους εγγυάται κι άλλους θανάτους και κακουχίες για τον λαό μας», λέει το Μέγα Συμβούλιο της συνέλευσης των Γουαρανί-Καϊοβά.

Δολοφονίες...

Σήμερα η εθνότητα δεν καταλαμβάνει ούτε το 0,2% του Μάτο Γκρόσο ντο Σουλ. Το 65% των μελών της ζει σε «καταφύγια», στοιβαγμένοι σε μικρές εκτάσεις ενώ γύρω τους επεκτείνονται οι τεράστιες ιδιωτικές κτηνοτροφικές μονάδες και οι φυτείες ζαχαροκάλαμου και μεταλλαγμένης σόγιας, που δηλητηριάζουν τα ποτάμια και το χώμα και καταστρέφουν πανάρχαια δάση.

Πολλοί αρνούνται να πάνε στα καταφύγια και κατασκηνώνουν επί χρόνια στους αυτοκινητόδρομους απέναντι από τα εδάφη όπου κάποτε ζούσαν, ελπίζοντας να επιστρέψουν.

Και όποτε επιχειρούν να τα ανακτήσουν, συναντούν απίστευτη βία: απειλές, ξυλοκόπημα, επιθέσεις με χημικά, βασανιστήρια, βιασμοί, δολοφονίες.

Σύμφωνα με το Ιεραποστολικό Συμβούλιο Ιθαγενών (CIMI), το 2015 δολοφονήθηκαν 137 ιθαγενείς στη χώρα: οι 36 στο Μάτο Γκρόσο ντο Σουλ και οι περισσότεροι ήταν Γουαρανί-Καϊοβά.

Τον Ιανουάριο, η κυβέρνηση Τέμερ εξέδωσε διάταγμα με το οποίο αλλάζει τον τρόπο οριοθέτησης των ιθαγενικών εδαφών και δίνει τη δυνατότητα στο υπουργείο Δικαιοσύνης να παγώνει την οριοθέτηση, να αναθεωρεί τα ήδη οριοθετημένα εδάφη ή να θέτει βέτο για την επέκτασή τους.

Παράλληλα, προωθείται στο Κογκρέσο πρόταση συνταγματικής μεταρρύθμισης, με την οποία η οριοθέτηση των ιθαγενικών εδαφών περνά στην αρμοδιότητα του Κοινοβουλίου, όπου υπάρχει πανίσχυρη εκπροσώπηση των μεγαλογαιοκτημόνων που επιβουλεύονται τα εδάφη των ιθαγενών: από τα 594 μέλη του Κογκρέσου, οι 207 είναι άμεσα εκπρόσωποι της μεγάλης γεωργικής βιομηχανίας.

Αν εγκριθεί η έκταση των εδαφών της Βραζιλίας που αποδίδεται στις ιθαγενείς κοινότητες θα μειωθεί από το 13% στο 2,6%.

Για τους Γουαρανί-Καϊοβά, η εκδίωξη από τα πανάρχαια εδάφη τους σημαίνει απόγνωση, σημειώνει η διεθνής οργάνωση Survival International. «Ο εκτοπισμός τους σημαίνει την καταστροφή του κόσμου τους.

Ηταν κάτοικοι της ζούγκλας, ζούσαν σ’ αυτήν και από αυτήν, ενώ η υλική και πνευματική επιβίωσή τους, η ίδια η κοσμοαντίληψή τους σχετίζονται με τα εδάφη τους».

...Και αυτοκτονίες

Αυτή η απόγνωση, η περιθωριοποίηση και η βία εκφράζονται με τον πιο τραγικό τρόπο στην τεράστια αύξηση των αυτοκτονιών.

Σύμφωνα με στοιχεία της κοινότητας, περισσότεροι από 1.000 άντρες, γυναίκες και παιδιά αυτοκτόνησαν τα τελευταία 20 χρόνια. Μόνο το 2000-2008 σημειώθηκαν 410 αυτοκτονίες, ανάμεσά τους πολλοί έφηβοι.

«Εμείς οι ιθαγενείς είμαστε σαν τα φυτά. Πώς θα ζήσουμε χωρίς το χώμα μας, χωρίς τα εδάφη μας;», λένε ξεκινώντας μια καμπάνια ενημέρωσης ώστε η διεθνής κοινότητα να μην κοιτάζει απαθής τον αφανισμό ενός ακόμη λαού.


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